quinta-feira, 18 de março de 2010

A Hora da Morte

Daquele sonho, puro e singelo
Viu-se nascer
A morte de um ser
caído,
Exalando o cheiro de morte
O Fiel Anjo
Veio buscar sua alma

Com seus cabelos longose brancos,
E sua arma negra tomada por morte
Achegou-se a face da pobre criatura sonhadora,
E em seus olhos brancos
Viu uma gota de sangue escorrer

E num sorriso puro,
Sincero,
tomou-se para si,
A alma da pobre sonhadora.

Mulher

Singular

Olhar oculto
Na maquiagem negra
Um olhar inocente

Nos lábios
A sedução se faz em vermelho
Nos detalhes de seu vestido
Um laço arrocheado sobre o negro cetim
Sonhava

A eterna similaridade
dos sentimentos tímidos
E explosivos
A mecher com quem
Nem ao menos a conhece
Mas sua pele pálida-porcelana
Suga os olhares alheios

E mesmo após a morte,
Mostra sua sutileza
no leve sorriso
Embalando a sua marcha fúnebre.

terça-feira, 9 de março de 2010